Porque o problema não é (só) as dores da vida
- Edmar Francisco Theodoro
- 8 de jul. de 2022
- 2 min de leitura

Tentamos nos afastar das dores da vida (dor, ansiedade, tristeza, vergonha, medo, raiva) sempre que possível, e nos aproximar dos prazeres também (prazer, alegria, felicidade, satisfação, orgulho). Mas gerenciar essas tendências é complicado.
Nem toda toda dor pode ser evitada. Outras só podem ser evitadas se abrirmos mão de muitas alegrias e experiências importantes para nós. O luto, por alguém que amamos e já se foi, é um exemplo radical:
Se tivéssemos a opção, você escolheria não amar nem conviver com alguém, pra evitar a dor do luto?
A vida nos impõe vários desafios, e às vezes o balanço é negativo e o resultado, doloroso. Aí, logo pensamos em como aliviar as dores de algum jeito. Seja fugindo de situações chatas, tomando alguma substância que amenize as emoções, ou até tentando se convencer de que não está tão ruim.
E pode até funcionar, olha só! Mas qual o resultado então? Ficamos com menos dores (com esforço enorme pra manter assim) e ainda com pouca satisfação na vida. É uma vida meia boca, todo esse esforço pra se sentir “méh”...
Fugir das dores é importante sim, mas fugir para onde exatamente?
Qual a vida que você gostaria de viver se não se sentisse ansioso, triste, envergonhado, com medo?
Imagino que não seja uma vida “méh”, mas que seja uma vida com experiências emocionantes, de brilhar os olhos, chorar de alegria, compartilhar com pessoas que você ama, fazer a diferença na vida de outros…
Não é com poucas dores que se vive uma vida boa, é agindo na direção do que importa pra gente, fazendo o que nos traz satisfação, apesar das dores.
Sei que é difícil, e quando se torna difícil demais, é bom procurar ajuda.





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