Sobre confiar (ou não) no próprio comportamento
- Edmar Francisco Theodoro
- 24 de out. de 2022
- 2 min de leitura

Situações novas frequentemente são desafiadoras, e nos deixam preocupados (E der algo errado? Como eu vou agir? Como vou me sentir?).
Pra mim, atender novas pessoas, ou mesmo a cada sessão, isso acontece bastante. Sempre tem coisas novas, e eu não tenho tanto tempo de experiência, então é natural que me preocupe com como vai ser.
Já que a imprevisibilidade da situação tá aí, tenho aprendido a confiar nas minhas habilidades, e não tentar resolver a situação antes. Especificamente, eu observo o que eu fiz no passado em situações parecidas. Isso dá 2 informações importantes:
Ações que eu já repeti várias vezes, e então provavelmente faria de novo (seja bom ou ruim);
E o que eu não fiz, ou fiz pouco, que seria pouco provável ou até difícil hoje.
Isso não prevê o futuro, mas mostra as ferramentas ou o repertório que estamos levando para uma situação.
Quando a gente sabe o que fazer (em situações parecidas já agimos com sucesso), isso pode nos tranquilizar. Daí dá pra deixar o contexto guiar as nossas ações, e elas tenderão a fluir como no passado - mesmo que os sentimentos não estejam ajudando.
Por outro lado, quando não sabemos o que fazer ou queremos mudar, deixar a situação nos levar não parece ter boas chances. Aí podemos abordar isso de outras formas (se preparar, refletir, ensaiar), e também aceitar que ainda estamos aprendendo, que vai ser difícil, e o resultado talvez seja aquém do que gostaríamos. Isso também tranquiliza, e ainda sugere que no futuro isso será mais fácil.
A nossa história mostra o que sabemos fazer, e as tendências que levamos para o futuro. Também mostra o que não sabemos fazer - porque não temos essa história -, mas aí o jeito é aceitar e começar a trilhar o caminho que desejamos.





Comentários