Psicoterapia - parte 3
- Edmar Francisco Theodoro
- 25 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

Da última vez descrevi como é uma sessão de terapia comum (se não viu, volte nos posts).
Hoje quero falar do processo, essa coisa meio vaga que é o ouro da terapia. Mais do que uma sessão muito boa, o que faz diferença é a constância de, semana após semana, terapeuta e cliente estarem engajados no trabalho. E o que acontece a partir daí?
É construída uma relação de confiança e intimidade entre terapeuta e cliente, esse é o motor da terapia. Por isso, se “o santo não bate” entre os 2, é melhor buscar outro profissional; isso é demonstrado por pesquisas há mais de 50 anos. Uma boa relação entre terapeuta e cliente permite que sejam discutidas as questões mais dolorosas e complexas num ambiente de respeito e acolhimento.
O cliente poder falar sobre si sem sofrer julgamentos, olhares ou piadinhas faz com que ele se conheça cada vez melhor. A pessoa pode se perguntar e falar do que gostaria de fazer, de quem ela quer ou não ficar perto, de que vida ela gostaria de viver. E também ver suas falhas, seus vícios e o efeito de seu comportamento sobre os outros…
Assim, a pessoa vai ficando mais apta a lidar com as dificuldades e desafios que aparecem. E até mais livre, na medida em que consegue navegar melhor as situações do dia a dia na direção de uma vida com mais sentido, pra ela e as pessoas à sua volta.
Parece romântico demais, né? Mas não é uma fantasia, nem uma pílula mágica. Isso acontece pelo trabalho engajado, a pequenos passos, de cliente e terapeuta, ao longo de meses e anos.
É como assistir uma árvore crescer, de um dia pro outro não vemos muita diferença, mas com o tempo necessário a mudança é impressionante.
Até a próxima!





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