Fast-food Emocional

Peguei a expressão de um excelente artigo do Thiago Andrill, “Busca por equilíbrio e harmonia está acabando com nossos nervos”. Joga o título no google se quiser ler, recomendo. O artigo faz uma linda crítica dos posts motivacionais/ good vibes/ autodesenvolvimento, etc. É mais ou menos isso que ele chama de fast-food emocional.

Quero expandir essa analogia pra ilustrar alguns tipos de “conteúdo” que vemos e seu efeito na saúde emocional.

Primeiro, acho q esses posts de frases/textos bonitinhos pra colocar nos stories são fast-food tipo Subway:

Tem uma cara bonita e saudável, faz você parecer moralmente superior, mas na verdade muitas vezes é só um frango frito, que colocaram uma salada pra dar uma disfarçada, e que você vai acompanhar com um refri também. Ou seja, nutricionalmente (ou emocionalmente), ainda é uma merda.

Além desse, tem o fast-food raiz, aquele gorduroso descarado, tipo um Burger King. Pra mim o equivalente emocional disso é o Tiktok ou videozinho qualquer, sem nem uma mensagem bonita. É o que a gente “consome” quando não tá nem pensando e só quer se sentir um pouco melhor imediatamente. É o fundo do poço em termos de saúde emocional (ou nutricional), mas na hora é bom.

Por fim, tem também a chamada comida de verdade. Você sabe, é uma comida caseira, com um monte de ingrediente sem graça ou até meio ruim, mas que faz bem pra você, e que se tu aprender a fazer direito fica bem ok. E que conteúdo é esse?

Pra mim, há uma meia dúzia de páginas (a maioria de psicólogas excelentes) que me fornecem esse tipo de conteúdo. De vez em quando compartilho os posts, que são bem “nutritivos”, mas não tem dancinha. Espero que saibam quais são essas páginas pra vocês e consigam equilibrar isso com as outras.

De resto, é muito difícil conseguir isso nas redes, assim como comer saudável num shopping center. Ainda bem que a gente não vive lá dentro, ficaríamos doentes.